domingo, 18 de setembro de 2011

Ainda Onze de Setembro

Há 10 anos vimos, com perplexidade, a cruel ingenuidade dos novaiorquinos balbuciando “por que nós?” quando alvejados em seu próprio território. Na homenagem às vítimas de 2001, o presidente norte-americano usa uma passagem bíblica em seu discurso e, em que pese a oposição interna, acrescenta que, em 10 anos, dois milhões de soldados foram enviados para o exterior com a missão de “defender os cidadãos da América e seu modo de vida”.

Essa defesa envolve populações que precisam ser “salvas” de si mesmas e que, coincidentemente, estão instaladas sobre imensas e lucrativas reservas energéticas. O discurso de proteção, democracia, dignidade e liberdade justifica a intervenção. Os nativos e outras milícias protagonizam cenas de ódio iguais às do invasor. Os dias explosivos correm imprevisíveis e a única regularidade é a violência. Será que ter por rotina diária a guerra é menos emblemático do que a visibilidade da destruição das torres americanas?


A violência não tem explicação. É uma insanidade recíproca na qual não se buscam razões: seu único suporte é a desrazão. A desrazão da irresponsabilidade do não importa de onde vem ou quanto vai custar, queremos nosso conforto, a desrazão de crianças servindo ora de bombas ora de escudos.

Se olhamos povos, vemos a soma díspar de seus indivíduos. Apesar da singularidade, seja pela indiferença ou pela comodidade - e mesmo correndo o risco da simples redução -, observamos características comuns a cada uma dessas pessoas, partilhadas em maior ou menor grau. É assim que somos cidadãos de um país ou de componentes de uma etnia. Nesse coletivo, temos duas escolhas: ou concordamos com o que a maioria concorda e usufruímos da totalidade dos resultados tornando-nos individualmente responsáveis por todos, ou registramos com eficácia nossa discordância, seja aprimorando os pensamentos, seja escolhendo melhor as palavras, seja em atitudes que figurem exemplos de honestidade e retidão.

Podemos participar de um tempo melhor, mais compassivo e justo.

sábado, 10 de setembro de 2011

ONZE DE SETEMBRO


A ignorância não justifica a ignorância. Da mesma forma, uma resposta violenta não é justificativa para uma agressão. Há maneiras bondosas e compassivas de se responder atribuindo à reação maior eficácia.

Abençoa e passa

 Não basta recear a violência.
É preciso algo fazer para erradicá-la.
Indubitavelmente, as medidas de repressão, mantidas pelos dispositivos legais do mundo, são recursos que a limitam, entretanto, nós todos, - os espíritos encarnados e desencarnados, - com vínculos na Terra, podemos colaborar na solução do problema.
Compadeçamo-nos dos irmãos envolvidos nas sombras da delinquência, a fim de que se nos inclinem os sentimentos para a indulgência e para a compreensão.
Tanto quanto puderes, não participes de boatos ou de julgamentos precipitados, em torno de situações e pessoas.
Silencia ante quaisquer palavras agressivas que te forem dirigidas, onde estejas, e segue adiante, buscando o endereço das próprias obrigações.
Não eleves o tom de voz, entremostrando superioridade, à frente dos outros.
Não te entregues à manifestações de azedume e revolta, mesmo quando sintas, por dentro da própria alma, o gosto amargo dessa ou daquela desilusão.
Respeita a carência alheia e não provoques os irmãos ignorantes ou infelizes com a exibição das disponibilidades que os Desígnios Divinos te confiaram para determinadas aplicações louváveis e justas.
Ao invés de criticar, procura o lado melhor das criaturas e das ocorrências, de modo a construíres o bem, onde estiveres.
Auxilia para a elevação, abençoando sempre.
Lembra-te: o morrão aceso é capaz de gerar incêndios calamitosos e, às vezes, num gesto infeliz de nossa parte, pode suscitar nos outros as piores reações de vandalismo e destruição.

Emmanuel