CONSERTANDO A JANELA QUEBRADA
Muitas janelas estão quebradas, umas mais importantes e visíveis e outras mais discretas e sombrias. Por onde começar? Na evolução não há saltos. Existem, isso sim, iniciativas perseverantes e ações mínimas que podem ser o primeiro passo.
Na teoria, uma vidraça quebrada convida a que a próxima seja apedrejada também. Kelling e Cole descrevem em seu livro Fixing broken windows que se um edifício tem uma janela quebrada por um longo período, os vândalos se sentem encorajados a prosseguir com a depredação. Em outras palavras, pequenos deslizes que restem sem correção incentivam a que se amplie a desordem.
E como consertamos? Coisas simples, podemos começar atravessando a rua na faixa de segurança, largando lixo no lixo – separando até, se houver coleta seletiva-, respeitando o sinal de pedestres, não ultrapassando pela direita, respeitando a fila, cedendo o lugar ao idoso ou à grávida, não fingindo que não vemos, pagando as contas em dia – inclusive os impostos...
Essas são pequenas atitudes que podem facilitar gentilezas maiores, que podem facilitar atitudes mais civilizadas, que podem trazer mais respeito nas relações com o outro, que podem trazer mais cuidado com o patrimônio alheio, que podem fazer as pessoas melhores e mais compassivas.
Somando essas ações, com o passar do tempo, nossa autoestima coletiva pode nos conduzir a olhar mais para cima e exigir daqueles que tem o encargo de assegurar o bem comum, atitudes mais compatíveis com a nova cidadania responsável que estamos desenvolvendo.
Algumas janelas já podem ser reparadas agora, vamos juntos?
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